a bola quebrou a janela da vizinha
que nos praguejou “moleques duma figa”
enquanto corríamos às gargalhadas
pra roubar goiaba do quintal alheio
ou planejar um mundo mágico
que nem sonhou breton
dia desses encontrei o zé galinha
que tinha chutado a bola naquela janela
e gargalhado mais que todos juntos
relembramos outras historinhas
como quem abre um velho baú
e depois fecha por querer
um aperto de mãos selou o encontro
que também foi uma despedida
e fomos embora sei lá pra onde
com a alma envelhecida
os ossos mudos
e a boca cheia de nada
6 comentários:
Por vezes penso q a vida nao deveria ser assim, ciclica.....porem, nao vejo outra maneira de ser...sobra apenas momentos como esses q n deixam de ser crueis.
É isso ai.
[ ]'s
douglas d., rapaz dilacerado-dilacerando de palavras, muitíssimo obrigado pelo rastro que lá deixaste. foi por ele que me fiz chegar até aqui. e te descubro, tal qual pessoa e seus heterônimos, você-homônimo-de-si-mesmo, mantendo sete blogs encantadoramente bem cuidados. ganhaste um leitor, meu caro. julgo ser isto - ler-te - o melhor ouro com que te possa presentear. 1 abraço
Olá.
Tudo muito triste, às vezes intenso, às vezes terno demais.
Mas tão bonitos, tão bonitas palavras.
Ando por aqui há algum tempo, minutos em meio a esses poemas-lamentos.
São encantadores.
Beijos
Tão belo!
oh Douglas, que lindo!
beijos
Palavras de puro sentido pleno, gostei!
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