terça-feira, agosto 01, 2006



tatuzinho-de-jardim
e folhas quase mortas
guardando estações outras
para ninguém, nunca mais
(a terra oferenda suas breves canções)
.
o quintal tinha formigas
que pareciam preguiçosas
quando a chuva molhava as tardes
brincadas dentro de casa
(paredes traziam outras margens, risonhas)
.
éramos quatro
mas barulhávamos por muitos
e crescíamos sem saber
que a vida um dia aporta adulta e sem cor
(tristes são as mãos que não sabem sonhar)

Um comentário:

tb disse...

a verdadeira tristeza sim, "as mãos que nã osabem sonhar"...