quinta-feira, junho 17, 2010



nós, os homens ocos
porque de sombras alimentados
nem bichos nem coisas ou fatos
aqueles que crescem parindo silêncio
.

nós, irmãos em mortalha
porque à mesa desservimos a razão
nem pios nem límpidos ou amados
aqueles que murmuram de pé
.

.
[longe...bem longe.]

.
ao rubens da cunha
.
imagem de josé luis corella

6 comentários:

  1. nós, os longes, aproximados na palavra. é o que nos permite parir o silêncio. Obrigado pelo poema

    abraços
    Rubens

    ResponderExcluir
  2. Lindo demais, Douglas!
    Este seu espaço é um tesouro que acabo de descobrir...
    Grande abraço!!!

    ResponderExcluir
  3. que bonito o recado que vc me deixou. nem todos captam assim, a primeira olhada o que eu penso ser, ou que virei a ser, sim, assim mais provável.

    uma beleza isso aqui também. e as músicas que ouve e tuas leituras. fz até pensar que o mundo nao está enfim perdido.. rs... e em quanto canto escreve, hein!

    BEIJOS.

    ResponderExcluir
  4. adorei, Doulgas, adorei como adoro o rubens da cunha.

    ResponderExcluir
  5. Que bom ter chegado aqui! Passei - sem querer, diga-se - por blogues de um reacionarismo assustador, coisa de fazer Hitler tremer de medo.
    Ainda bem que existe gente inteligente e de talento.
    Eliane F.C.Lima (http://literaturaemvida2.blogspot.com)

    ResponderExcluir
  6. Olá! Cheguei aqui "por acaso" ao clicar em "próximo blog"!

    Gostei e comecei a ler o texto! Não acreditei na coincidência ao ver o nome de Rubens da Cunha na dedicatória! Gosto muito do trabalho dele e acompanho "os espaços por onde ele passa"!

    Bela escrita! Parabéns! Deleite aos neurônios cansados de tantas letras insípidas pelo mundo digital!

    ResponderExcluir